segunda-feira, 18 de junho de 2012

Melisma

Melisma

Melisma em música é a técnica de transformar a nota (sensação de frequência) de uma sílaba de um texto enquanto ela está a ser cantada. A música cantada neste estilo é dita melismática, ao contrário de silábica, em que cada sílaba de texto corresponde a única nota. A música das culturas antigas usavam técnicas melismáticas para atingir um estado hipnótico no ouvinte, útil para ritos místicos de iniciação (Mistérios Eleusinianos) e cultos religiosos. Esta qualidade ainda é encontrada na música contemporânea hindu e muçulmana. Na música ocidental, o termo refere-se mais comumente ao Canto gregoriano, mas pode ser usado para descrever a música de qualquer género, incluindo o canto barroco e mais tarde o gospel. Geralmente, Aretha Franklin é considerada uma das melhores empregadoras modernas desta técnica.
O Melisma tem se tornado cada vez mais um assunto muito popular ente cantores e estudantes de canto, todos que estão aprendendo a cantar ou já cantam tem dúvidas, não sabem, ou conhecem muito pouco a respeito do que são melismas e de onde veio isso, qual a definição correta, muitos definem melismas apenas como aquelas voltinhas ou firulas que os negros usam quando cantam, principalmente.
Acredito que sem conhecer a raiz de uma técnica vocal ou musical você nunca vai conseguir estudar com total qualidade, essa é a razão pela qual estou escrevendo este guia, afinal de contas o que é melisma?
Vou tratar de melismas desde a sua essência, como nasceu, onde era usada e como está hoje em dia, pois muitos pensam que o melisma foi algo criado recentemente como uma técnica para música contemporânea e estão enganados, Leia com Calma, tire suas dúvidas se necessário através dos comentários.

O que é Melisma?

Melisma é um termo musical mais comumente utilizado para o canto(já vi ser utilizado por organistas também), e nada mais é do que a técnica de mudar a nota de uma silaba enquanto está sendo cantada, ou seja, enquanto você canta um “Laaaa” e muda a nota você já está fazendo melisma, não é necessário haver muitas notas para se caracterizar o melisma como muitos pensam, mas atenção para que seja considerado como um melisma a nota deve variar enquanto você emite o som dessa silaba o que foge disso não é melisma.
Sempre que for questionado sobre o que vem a ser isso, você já pode explicar muito melhor do que apenas dizer que são aquelas voltinhas que os cantores fazem na música(risos), até mesmo porque existem tipos e tipos de “voltinhas” e nem todos são melismas, mas isso aprenderemos mais a frente em outros artigos.
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Melisma X Apogiatura

Um erro comum é confundir melisma com apogiatura(leia nosso artigo sobre apogiatura), as definições são muito parecidas, mas não podemos confundir, saiba o seguinte: Todo melisma é uma apogiatura, mas nem toda apogiatura é um melisma, vou explicar:
Uma apogiatura nada mais é que uma aproximação cromática ou não de notas, ou seja, uma breve sucessão de notas mas não necessariamente na mesma sílaba o que já descaracteriza um melisma.
Apogiatura é um termo musical genérico, presente não apenas no canto, mas também em outros instrumentos. Falaremos mais sobre apogiaturas em um artigo separado.

A História do Melisma

Como disse acima o melisma está longe de ser um invento contemporâneo, o registro mais antigo do uso de melisma que temos vem de partituras muito antigas de canto gregoriano, isso mesmo, aquele dos padres.
Também era muito utilizado pelos Hindus e Muçulmanos em suas músicas, tudo isso veio caminhando até os dias de hoje até chegar no Gospel que é o estilo musical mais influente para os negros que popularizaram essa técnica, hoje em dia o melisma é ferramenta e alvo de estudo de grande parte dos cantores populares.

Como estudar Melismas

Assim como toda técnica de ornamentação o melisma depende principalmente de um vibrato bem trabalhado, sem uma técnica de vibrato corretamente trabalhada e controlada não é possível fazer melismas definidos e rápidos, pois como vimos anteriormente o melisma é a mudança de nota em uma mesma sílaba, ou seja, muitas vezes você tem um segundo ou menos para fazer essa variação de notas.
Outro ponto importante é sua afinação ela deve ser perfeita, você deverá estar familiarizado com pelo menos 4 tipos de escalas, maior, menor, menor melódica e menor harmônica. Se você estiver com a escala maior afiada já é possível fazer um bom trabalho com melismas, a razão disso é que para variar entre as notas você vai precisar estar seguro de quais delas você poderá utilizar, mesmo que de forma intuitiva.
Estamos preparando um material com exercícios para colocar no blog, com alguns deles totalmente voltados para melismas e outras técnicas de ornamentação, acompanhe o blog que teremos grandes novidades em breve

 Exageros
 todos nós quando estamos estudando melisma, corremos o risco de pecar nos exageros pois queremos aplicar o que temos estudado em cada oportunidade que temos, não faça isso. Saiba que o melisma é um ornamento e tudo que é enfeitado demais se torna feio.

Conclusão

Para fazer o uso correto de melisma é necessário muito estudo e bom senso, caso contrário você não terá domínio total sobre a técnica ou irá cometer erros desnecessários na sua aplicação.
 Hoje em dia existem muitas referências que você pode seguir até mesmo para Aprender Cantar Sozinho, vou deixar como exemplo um vídeo do Ed Motta falando a respeito de melismas. Até a  
 próxima.











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